O ‘sim’ é fácil, é bem aceito, é simpático, é generoso.
O ‘não’ é difícil, é mal aceito, é antipático, é egoísta.
Quantas mentiras!!!
O ‘sim’ em muuuitos momentos pode indicar fraqueza emocional, medo de desagradar, ausência de autenticidade, fragilidade nos laços afetivos, auto anulação, escassez de limites, falta de autoconhecimento e doenças psicossomáticas garantidas.
O ‘não’, por mais estranho que possa parecer, pode ser sinal de generosidade. Sustentar o desconforto de um ‘não’ no momento certo, falar o que precisa ser dito e fazer o que é correto, é sinal de amor!
Quantas vezes um ‘sim bonzinho’ rouba o sono, torna-se um tormento, uma angústia?
O problema é que o ‘sim’ no momento errado é um ‘não’ para nós mesmos… E isso custa caro!
O mais irônico é que os ‘bonzinhos’ nunca são amados como aqueles que sabem colocar limites claros, pois amor e respeito possuem uma conexão profunda entre si.
Um dos maiores sinais de um relacionamento saudável é justamente a nossa liberdade de poder dizer não para o outro: Hoje não estou com vontade de sair, não posso lhe emprestar isso nesse momento, não gostei da forma que você falou comigo, não concordo com isso.
Quando o ‘não’ aprende a existir, o ‘sim’ se torna feliz de verdade: Eu vou porque desejo, eu faço questão de ajudá-lo nisso, eu amo esse seu jeito esquisito de ser, eu quero estar com você!
Não e Sim… Vão para os seus devidos lugares, sem jogos e articulações, sem adoecimento de alma.
Fácil? NÃO!
Necessário? SIM!
Sem essa força interior de bancar quem somos, não passamos de atores nos relacionamentos… E ninguém consegue ser feliz de verdade sendo uma pessoa de mentira.
Lígia Guerra
Psicanalista e escritora - @ligiaguerra_
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