FUGA DE ANIMAIS

Os motivos para a fuga são inúmeros, e o simples fato de perceber um portão aberto já é o suficiente para dar o um passeio que muitas vezes pode ser perigoso. Neste artigo vamos identificar algumas causas e como devemos agir caso este problema aconteça.

Fatores comportamentais

Muitos animais passam boa parte do tempo em casa entediados sem brincadeiras e jogos ou mesmo por longos períodos sem a presença do tutor, e assim que percebem uma oportunidade, escapam para o mundo lá fora, muito mais interessante e com muitos odores novos a descobrir, porém cheio de perigos. Essa excitação de estar do lado de fora, uma vez sentida, será repetida por várias vezes se o tutor não se precaver.

Broncas excessivas ou mesmo o uso de violência podem causar a fuga, um animal oprimido tem motivos suficientes para fugir, animais rejeitados ou afastados do ambiente familiar buscam novas oportunidades de interação fora de casa.

Não é raro encontrarmos relatos de tutores que perderam seus animais, em dia de jogos de futebol, festas de fim de ano ou outros eventos que soltem fogos de artifício com barulho. Os animais têm a audição mais sensível que os humanos, e muitos tem medo e não entendem essas manifestações barulhentas.

Pessoas que tem vários cães em casa, talvez percebam que um ou outro animal tem mais atitude de fuga, e talvez com um olhar mais apurado perceba que, esse cão tem interação fraca com o grupo e, portanto, buscam uma nova matilha.

Animais que passaram por dificuldades, em canis para adoção ou mesmo comprados em canis clandestinos, podem levar consigo traumas que o novo tutor não saberia, eles podem estar mais susceptíveis a fuga.

Animais presos em correntes, cordas, pequenos ambientes têm mais chances de fuga. Inclusive é proibido por lei essa prática.

Não podemos esquecer dos felinos, eles podem viver dentro de apartamentos sem nenhum problema. O ideal que sejam telados, inclusive para prevenir quedas e acidentes indesejáveis.

 

Fatores fisiológicos

 

Animais não castrados machos por uma questão fisiológica que é a atração sexual, acabam sendo atraídos por fêmeas no cio, e acabam fugindo de suas residências. Já as fêmeas em decorrência do cio podem ficar mais estressadas e assustadas com a movimentação de machos e podem fugir por medo.

Animais que são privados de suas necessidades alimentares, podem fugir também de sua residência, basicamente por sobrevivência, e buscam algum lugar que encontrem comida.

Algumas raças são predispostas a ter mais atitude de fuga, como por exemplo, Huskys Siberianos, e cães de caça como os Beagles que conseguem perceber a “presa” a muitos metros de distância, são atraídos pelos odores externos e ficam curiosos, deixando se levar pelo desejo de explorar novos territórios.

Como evitar a fuga

Prepare sua casa, portões, portas, muros, cercas bem-feitas são importantes, não espere que seu animal entenda que um muro baixo não é para pular, faça um muro maior;

Todos os moradores da casa devem ter a mesma consciência de entender que, precisam fechar as saídas e que esquecer uma porta aberta pode significar um grande problema. Tenha responsabilidade e não culpe seu pet;

Crie brincadeiras, interaja, passeie, jogue, enfim busque oportunidades de interação com seu animal, dessa forma ele terá um ambiente agradável e que supra as necessidades mentais e fisiológicas dele, um ambiente favorável onde ele se sinta amado, ajuda a impedir as fugas;

Alimentação adequada, água potável, abrigo para descansar, são necessidades básicas de um animal;

A esterilização (castração) é um importante método para evitar a fuga, ajuda a equilibrar o temperamento do animal e reduzir o risco de comportamento agressivo, evita que machos fujam por uma fêmea no cio por exemplo;

Um animal bem-educado, adestrado tem menos chances de fugir de casa;

Não repreenda seu animal chamando-o pelo nome, pois dessa forma ele associa com experiências negativas e deixa de atender de maneira satisfatória, um “NÃO” é suficiente para impor limites. O nome do animal deve ser usado para momentos de brincadeiras, carinhos e recompensas. Dessa maneira o pet ao ser chamado obedecerá mais facilmente;

Nunca use de violência para educá-los, é muito mais fácil através de recompensas. Caso não saiba fazer procure um comportamentalista ou indicação de um adestrador.

Diogenes Augusto Consolino Médico Veterinário, clínica e nutrologia veterinária. Diogenes.consolino@hotmail.com

 

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