Conhecida popularmente como verme do coração, também chamada de cardiopatia parasitária, é uma doença comum às regiões tropicais e subtropicais, sendo encontrada principalmente no litoral brasileiro. Ela pertence a uma classe de parasitas chamados nematódeos e seu nome cientifico é Dirofilaria immitis.
Agora que identificamos aos leitores, podemos falar sobre como ela é transmitida, suas manifestações clínicas e possíveis tratamentos e prevenção.
Transmissão
Sua transmissão ocorre por meio da picada de mosquito (gêneros Aedes, Anopheles e Culex), sendo esse último o pernilongo comum que encontramos em nossas casas quase que diariamente.
O hospedeiro definitivo é o cão. O larva do verme sofre mutações dentro do mosquito para se tornar infectante, e é transmitida a um novo hospedeiro (cão) quando o mosquito pica o animal.
Chegando ao tecido subcutâneo os parasitos continuam sofrendo mutações até se tornarem adultos. Os parasitos jovens atingem o sistema cardiovascular migrando através das artérias e lá ficarão parasitando o cão e dando origem a novos vermes. Acredita-se que no cão, o parasito adulto tenha vida média de três a cinco anos, e as microfilárias de um a dois anos.
A quantidade de vermes adultos, presentes no sistema cardiovascular do cão, influenciará diretamente em seu estado de saúde e manifestações clínicas.
As manifestações clínicas mais comuns da dirofilariose são: tosse, dificuldade respiratória, intolerância ao exercício e desmaios devido ao acometimento dos pulmões e coração. Também existe a forma hepática da doença que além das manifestações descritas anteriormente também causa insuficiência cardíaca congestiva e distenção abdominal. A doença também pode comprometer o tecido subcutâneo e a função renal. Independentemente da forma clínica, a gravidade da doença está relacionada com o número de parasitos, com a duração do processo e com o estado geral de saúde do cão.
Os câes podem permanecer com a doença sem apresentar sintomas por um longo período, e sendo assim, perde-se um tempo precioso para o tratamento. Muitos tutores procuram o médico veterinário, apenas quando percebem as manifestações de tosse e cansaço em seu cão, e muitas dessas vezes o animal já apresenta um quadro grave da doença.
O diagnóstico se baseia em:
Infelizmente no Brasil ainda não temos medicações que definitivamente curem cães diagnosticados com dirofilariose, portanto a prevenção ainda é a melhor saída.
Temos algumas opções de vermífugos que se forem administrados mensalmente, vão conferir proteção efetiva à infecção pelo verme do coração. Também temos como opção uma medicação injetável que também oferece a mesma proteção com aplicação subcutânea anual.
![]() Diogenes Augusto Consolino
Médico Veterinário, clínica e nutrologia veterinária.
Diogenes.consolino@hotmail.com
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