A criança que fomos

Percebi que existem 2 formas de operar na vida: querer fazer e querer que os outros façam. Essa escolha é justamente aquela que mais nos afasta da criança que fomos. Porque quando a gente é criança tudo é curiosidade, vontade de tentar, de descobrir, de fazer. E em algum momento, por alguma razão, alguns de nós perdem isso. O que é uma pena. Pense bem, quando foi que aquilo que era diversão e alegria se transformou numa obrigação chata que você faz contra sua vontade. O que aconteceu? Qualquer criança topa um experimento, cozinhar, bater um bolo, construir, plantar, pintar, inventar. Fazer alguma coisa é associado com coisa gostosa, distração, desfrute. De repente isso para de ser assim. E toda e qualquer coisa que a gente tem que fazer pode parecer uma tarefa insuportável. Acredito que tem a ver com a maneira que as escolas operam, obrigando os alunos a aprender de cor coisas inúteis, sem se preocupar em despertar seu interesse e fazer disso um jogo, uma brincadeira. E condenam imediatamente o erro, ao invés de compreender como parte do processo.

Parece que crescer é se tornar sério e perder o encanto de fazer as coisas. Paramos de brincar, quando deveríamos trabalhar e fazer as coisas com esse mesmo espírito. Descobrir o prazer de fazer, seja o que for. Pense como é importante manter essa curiosidade de criança e sentir alegria naquilo que você faz. Porque realizar traz uma felicidade grande, mesmo que seja uma coisa pequena. Busque a criança dentro de você e tome a iniciativa de fazer, mesmo aquilo que você ainda não sabe ou que parece difícil. Pense no bebê que você foi, que começou a andar sem saber, sem equilíbrio, dando pequenos passinhos inseguros e foi tentando. E cada vez que você caiu, se ergueu e nunca desistiu.

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