Preconceito x progresso

A gente sabe da história: até poucas décadas, a realidade era os homens colaborando para a relação e para a sociedade trabalhando fora da casa. O provedor, o que cuida do dinheiro, que da a direção de pra onde vai a família, qual ordem se deve seguir.

A mulher fazia esta colaboração mas dentro da casa, no cuidado com a família e os filhos e a própria casa. Uma hora isso foi rompido. A mulher cansou de ficar restrita a este lugar é resolveu que iria atrás também da sua formação, também da sua carreira, também dos seus direitos.

Quando isso aconteceu, houve um colapso das relações: os homens tendiam a não respeitá-las no trabalho, a não ser que elas se comportassem como homens. Muitas delas reagiram e buscaram, a todo custo, provar que eram iguais se tornando como eles. Para ganhar respeito, muitas mulheres suprimiram seu lado feminino – o que levou a ressentimento e infelicidade.

Outras mulheres não estavam dispostas a suprimir sua natureza feminina. Elas tiveram a ingrata percepção de não serem respeitadas como iguais pelos seus colegas homens e se depararam com maior dificuldade de seguir adiante. Eram injustamente discriminadas e muitas vezes vistas como alguém inferior ou incompetente para fazer um trabalho “de homem”.

Era uma situação muito ruim. As mulheres que conseguiram se sobressair, muitas vezes estavam sobrecarregadas e estressadas por suprimirem sua natureza essencial. As que tentavam expressar suas qualidades femininas no trabalho eram desrespeitadas por colegas, chefes, clientes, funcionários etc.

Hoje, parando para observar a história, observo que talvez as coisas tenham mudado – mas não muito. Leis foram aprovadas, políticas de diversidade foram criadas, programas de empoderamento feminino estão sendo colocados em prática nas empresas – o que é muito bem vindo. Mas embaixo do tapete estão as rusgas desse desentendimento histórico, que nos fizeram estar em lados opostos das trincheiras, nos desentendendo e mal interpretando. Costumo dizer que os homens viraram algozes e que estamos em guerra invisível com eles.

Alguns deles merecem este título, mas a maioria não. Eu acredito que, para que não só uma empresa seja mais produtiva e engajada com seus stakeholders, mas para que o mundo seja melhor, temos que nos compreender e aceitar as nossas diferenças. É nas diferenças que estão as riquezas – que podem ser a alavanca de sucesso para uma empresa, para uma nação ou uma relação.

KARINNA FORLENZA Especialista em Inteligência de Gênero - Mentora de carreira para mulheres e palestrante oi@karinnaforlenza.com.br
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1 Comentario(s)

Rafael Farias disse:

Vc fala sobre a realidade que o homem trabalha p/ a soiciedade fora de casa a décadas, mas tbm esquece que a mulher trabalhou desde a revolução inglesa, framcesa, 1º e 2º guerars mudniais……em toda a ” maquinária ” da daquelas épocas revolucionárias, e fora de casa tbm…..texto mentiroso ., p feminismo está em mentir, trocar informações, saber das histórias da Terra e suas civilizações, não foi bemassim, como chutar o balde.

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