Encontrei um gato bebê

Encontrei uma bebê gato na viagem! É muito pequena, não dá pra deixar ela aqui. Vou levar pra casa e aí a gente vê o que faz – enviou meu irmão pelo whatsapp. Uma fagulha dentro de mim já sabia o enredo da história, mas resisti. Eu cresci trazendo animais da rua pra casa, até o dia que minha mãe falou que o próximo, eu ia dormir na garagem – justo, uma vez que o número de integrantes de 4 patas já era o dobro dos integrantes de 2 pernas.

Pela primeira vez em anos fui firme, até me surpreendi (não por muito tempo) – com meu cetro imaginário na mão, disse que não íamos ficar com a gata e que encontraria alguém pra adotar no dia seguinte. E fim da história.

Escutei o barulho do carro e desci. Eram orelhas com uma bebê gato acoplada, parecia uma elfa! Os olhos assustados e o coração que batia rápido. Ninguém me perguntou muito, colocaram no meu quarto: Tó! Ela comeu como se não houvesse amanhã e eu só observando aquele mini ser ainda desconfiado. Meu outro gato miou e ela saiu procurando miando em resposta com tom de saudades. Partiu meu coração. Fiz Reiki nela, que em minutos dormiu e seguiu assim por algumas horas.

Sentei no computador pra trabalhar e aproveitei pra divulgar a foto dela nas redes sociais buscando um lar. Daqui a pouco: Miau. Que é? – falei olhando de rabo de olho. Tava tentando evitar contato. Ela seguiu: Miau. Tabom! Sentei na cama e peguei o fiozinho de lã que minha mãe já havia trançado pra brincar com o filhote de elfo. A pureza do brincar me trouxe um riso – agora o meu coração que começava a ficar acelerado. Não! – queria acreditar na minha firmeza. Vou colocar ela aqui do lado e deitar pra dormir. Senti as patinhas leves, agora com um pouco mais confiança se aproximando – deitou no centro do meu peito. E crrrrrrrrrr…ligou o motor do ronron. Po, chakra do coração é sacanagem – pensei! Mas não fiz muito pra mudar a situação. Seguimos a noite, ela variando o ronronado entre meu coração, meu pescoço, no topo da minha cabeça. Gata elevada! – refleti já com mais aceitação.

Acordei de manhã sentindo minha felicidade ampliada! E indignada sobre como cabe tanto amor em um serzinho desse tamanho.

Qual vai ser o nome dela? Mudança drástica do foco do problema. Amante dos astros pensei: Vênus! A Pequena benéfica! Energia de Amor e a Arte. Quer coisa melhor?

Agora ca estamos…eu tentando escrever esse texto e a Vênus brincando de caçar meus dedos em cima do teclado. Adotar é um processo de cura através do AMOR.

Como acredito que não existe acaso, eu só posso agradecer.

 

Carla Labate Atriz, professora de yoga e meditação, com o propósito de compartilhar consciência através da arte labate.carla@yahoo.com.br
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6 Comentario(s)

Liliana Dermonde disse:

Aí minha vida sempre foi assim tbem. Faz bem ao coração.

Vera Lúcia Araíjo disse:

Que coisa mais linda!

Malu Also disse:

Maravilhosa.. Eu tambem AMO GATOS…. CHOREI AO LER O TEXTO…

Rafael Farias disse:

Carla eu tbm tenho gatinhos, num total de 5, 2 fêmeas e 3 machos.
A sua gatinha é muito bonitinha, e vcs estão se dando muito bem !!
Legal !!
Abraços

Kristhina Amaro disse:

Amei,adotar realmente é um processo de cura e amor a toda criação. Parabéns Carla pela atitude e pelo lindo texto. A Rede Felicidade continue emanando Luz a todo nós ❤️💜💙

Carla Labate disse:

Amei ♡ Muito obrigada!

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